sábado, agosto 29, 2009

Inexistentes

Eles se conheceram de maneira fútil, um desses lugares onde você não espera encontrar um amor, pois o amor é assim, vai lá e PAM, aparece na sua vida quando você não está preparado pra ele. Eles também não estavam, mas quando se olharam nos olhos não conseguiam explicar o que era aquilo entre eles, os olhares não se rompiam e os sorrisos eram decifrados pelo outro, como se houvesse uma legenda abaixo do sorriso, eles se queriam, se admiravam, ficavam se olhando e conversando sobre coisas sem sentido, sem saber ou se lembrar do que falavam, apenas com sua atenção voltada para aquele jogo de sorrisos. Ele não se achava merecedor, mas aproveitava e curtia e era feliz pois a pessoa que mais amava, o amava de volta. Ficavam conversando durante horas, apenas se conhecendo durante a conversa sem sentido, quanto mais tinham conhecimento do outro, mais suas almas se envolviam, mas ela não era uma garota fácil, nunca fora, era uma garota angustiada e deprimida, salvo apenas os momentos que passava com ele, onde ela era nova, feliz, iluminada, mas sem deixar de ser ela mesma. Ele ficara doente certa vez, e ela sem ter noticias dele.
Depois de seis semanas ele ligou pra ela, deu numa casa onde ninguém a conhecia, engano provavelmente, tentou ligar pro celular, mas ouvia uma mensagem dizendo numero inexistente, ligou pra sua melhor amiga, que lhe disse que não conhecia ninguém com aquele nome, foi até sua casa e viu uma família desconhecida morando lá no lugar da família dela. Não conseguia entender como o maior amor de sua vida havia desaparecido, não conseguia se conformar que talvez ela fosse apenas resultado de sua imaginação enquanto estivera doente. Não conseguia e não ia acreditar, pois era capaz de ouvir a voz da amada pedindo "não desista de mim."

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