Esse ano, pela primeira vez, a passagem de ano não teve nenhum pedido, nenhuma resolução, nenhum desejo de melhora, nenhum objetivo criado. Este ano passou comigo duas únicas certezas, a de que esse ano vai nascer alguém, o meu alguém. E de que eu nunca faço o que poderia ter feito. Poderia ter feito mais por mim esse ano, acima de tudo, me deixei de lado, mais do que deveria. Poderia ter feito mais pelos meus pais que acreditaram em mim, mesmo eu sabendo que não deveriam ter acreditado tanto, mas me calei.
Queria muito ter feito mais pelo Roger, não fiz absolutamente nada por ele e sei disso, poderia ter feito mais pela Jade, da mesma maneira que poderia ter feito mais pela Thamy e pela Aline, com um pouquinho mais de esforço, nada que me mataria.
Acho que vou fazer mais por todos, inclusive os que não mencionei. Mas isso não é uma resolução de ano novo, por que não posso fazer isso agora. Pela primeira vez vou ter que fazer, não mais, e sim tudo, por alguém que não existe. Talvez eu precise mais das pessoas do que elas precisam de mim, mas não cobro nem me cobro nada. Na maioria das vezes conviver com elas me basta, por isso vou fazer mais por elas, por que o que basta pra um talvez não baste pro outro. Mas não agora, agora estou com a cabeça, e não só com a cabeça, cheia.
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